A COP-17 é a 17ª Conferência das
Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas. Está sendo realizada em Durban de 28 de
novembro a 9 de dezembro de 2011. É o fórum multilateral mais amplo (com 195
países) para discutir e adotar medidas contra o aquecimento global.
Em 2010
durante a cúpula de Cancún, houve a esperança de se obter um acordo
internacional para a luta contra a mudança climática, considerando o grande
fiasco que foi a edição de Copenhage (COP-15).
Apesar de não ter apresentado
solução à questão mais complexa, a renovação de um segundo período de
compromisso do Protocolo de Kyoto, a reunião mexicana conseguiu despertar a
vontade dos países emergentes de se comprometer com a redução das emissões, uma
das principais exigências das economias ocidentais.
Cancún designou um Comitê
Transitório para traçar os mecanismos do fundo, que canalizará as contribuições
dos países ricos aos em desenvolvimento, cujo objetivo é criar um novo marco
econômico em que todos concorram em igualdade de condições.
No topo da agenda, está o destino
do Protocolo de Kioto, assinado em 1997 e que entrou em vigor em 2005, com
prazo para expirar no final de 2012. Os negociadores estudam um segundo
período de compromisso que sirva de transição para um novo acordo internacional. Também se discute a criação de um “Fundo Climático Verde”, para ajudar os
países em desenvolvimento, mais vulneráveis aos efeitos das alterações
climáticas e desastres naturais.
Os países em desenvolvimento
consideram imprescindível que as economias ocidentais ratifiquem esse segundo
período de compromisso do Protocolo, enquanto Rússia, Japão e Canadá anunciaram
que não renovarão o tratado enquanto seus concorrentes comerciais, China, Índia
e Estados Unidos não assumirem compromissos similares.
O encontro da ONU é a última
chance das nações chegarem a um novo acordo internacional para mitigação das
mudanças climáticas antes do vencimento do Protocolo de Kioto, o tratado é o
único compromisso global juridicamente vinculativo que estabelece cotas de
redução de emissões de gases de efeito estufa para os países signatários.
O Japão não quer aderir à segunda
fase de Kyoto, o país argumentou na
COP-17 que não vai participar porque China e Estados Unidos não assumiram metas
e portanto não participará de uma possível segunda fase. Apesar de negar a
participação em um acordo vinculante, o país disse que não deixará o tratado e
que continuará reduzindo suas emissões.
Os cientistas situam o limite
máximo de aquecimento global em 2 graus centígrados sobre a temperatura
anterior à era industrial como ponto ideal para que não haja conseqüências
climáticas fatais. Para chegar a esse objetivo, os países devem analisar como
reduzir ainda mais a emissão de gases causadores do aquecimento global.
Os países voltarão a se reunir no
Catar (COP-18) ao final de 2012. No entanto, caso não se acerte em Durban um
segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto, ele expirará em 2012,
invalidando o único acordo de vínculo legal para a redução de emissões de gases
de efeito estufa.
ONGs falarão hoje (01/12) às
13hs, a jornalistas na COP17 sobre o risco que as mudanças do Código
Florestal. Detentor da segunda maior
área de florestas do mundo, flora mais rica, maior biodiversidade e diversidade
cultural o Brasil corre sério risco de perder grande parte dessa riqueza caso
as mudanças do Código Florestal brasileiro e obras previstas no Plano de Aceleração do
Crescimento (PAC) sejam aprovadas.
Os efeitos catastróficos das mudanças propostas para o Código Florestal e algumas obras do PAC irão acelerar as emissões, o que deixará o Brasil longe de cumprir suas
metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, impossibilitado assim, o País, de
cumprir com seus acordos internacionais. Será um grande vexame!!
Sites de referência:
http://veja.abril.com.br