Na madrugada da última sexta-feira, 12/10, o indígena Davi Mulato Gavião foi encontrado morto na cidade de Amarante do Maranhão, distante 736km da capital São Luís. Davi tinha transtornos mentais e costumava sair da Aldeia Rubiácea (Aldeia Nova Gavião Maranhão), na Terra Indígena Governador, para circular pela cidade.
Segundo relatos publicados nas redes sociais, o corpo do indígena apresentava sinais de quatro perfurações produzidas por arma de fogo. Até o momento não há publicação por parte das autoridades públicas sobre as motivações do crime e as linhas de investigações.
Nos últimos dias, principalmente, após as apurações das eleições para presidência, ocorreu um recrudescimento dos crimes contra as pessoas e o patrimônio. Vários levantamentos realizados em plataformas mostram que, pelo menos, 100 ataques já foram registrados.
A quase totalidade das agressões, que também são marcadas por mortes de pessoas, são atribuídas a partidários do presidenciável Bolsonaro, do PSL, conforme noticiado pelas mídias.
Veja aqui o Mapa da Violência Política no Brasil, um trabalho realizado por observadores independentes mostrando como e onde esses ataques ocorreram; sendo as principais vítimas mulheres, indígenas, negros, LGBTs e ativistas. Pichações com símbolos de regimes totalitários em prédios públicos e igrejas também estão sendo registrados.
Lideranças indígenas acreditam que este caso, o assassinato de Davi Mulato, pode está relacionado ao terror político no país, que se materializa na onda de ataques de cunho racista, preconceituoso, misógino, homofóbico e de todas as formas de intolerância; as lideranças pedem justiça.
Em sua página pessoal no Facebook, a liderança indígena Sônia Guajajara escreveu: