"Desobediência Civil" (Disobedience,
no original em inglês) conta a história de quatro comunidades, em quatro países
(Filipinas, Canadá, Turquia e Alemanha), que vivem a realidade de
exploração de combustíveis fósseis em seus territórios. Elas testemunham e
sofrem na pele o que o mundo não vê, mas sentirá cada vez mais: as mudanças
climáticas como centro dos impactos ao meio ambiente, as mudanças nos modos de
vida, a escassez dos recursos naturais para a subsistência e, tantas vezes, a
necessidade da migração forçada.
O filme teve estreia mundial na
internet no dia 29 de abril e já conta com lançamentos em várias partes do
mundo. Fortaleza terá exibição exclusiva do "Desobediência Civil", no
dia 07 de junho (terça-feira), às 18h30, no Cine São Luiz. O evento é
organizado pelo Ceará no Clima e pelo Movimento Ceará
Agroecológico, articulações que agregam coletivos,
indivíduos, organizações e pesquisadores/as e que atuam pela
mudança nos nossos modos de vida, de produção e de consumo em defesa da
sobrevivência do planeta e de condições de vida digna para as pessoas.
Os quatro lugares documentados no
filme se conectam também no processo de resistência de seus moradores e
moradoras. Em maio de 2016, as populações dessas comunidades se
uniram a mais de 30 mil pessoas, em diferentes lugares nos 6 continentes, em
uma ação direta de desobediência civil para ecoar a mensagem: liberte-se dos
combustíveis fósseis, deixe-os no solo, freie a exploração. O Ceará se
somou ao movimento global. Centenas de pessoas bloquearam a rodovia de
acesso a maior usina termelétrica do país, localizada no Pecém, para repudiar a
política do governo do Estado de incentivo fiscal às termelétricas, denunciar o
gasto de água na produção (a termelétrica consome em um mês o
equivalente a 411 caminhões-pipa por hora) e para se posicionar contra
a técnica do fraturamento hidráulico (fracking). A usina é
movida a carvão e emite 6,5 milhões de toneladas de CO2 por ano.
A desobediência civil, que dá título
ao filme, está no centro do debate como a única ferramenta possível quando é
negado às pessoas o direito à voz e, consequentemente, de participação nas
decisões políticas. Base de construção para tantos movimentos por
direitos, a desobediência coloca em cheque regras que esbarram ou inviabilizam
a vida de grupos sociais inteiros. "Algo legal não é necessariamente
justo", como afirma Lidy Nacpil (co-coordenadora da Campanha Global por
Justiça Climática). E precisa ser questionado, sobretudo em situações, como a
da moradora da comunidade de Bukai, nas Filipinas, que se repetem em diversos
países nos processos que viabilizam a exploração dos combustíveis e
minérios. "A promessa de oportunidades de emprego, estradas, escolas.
Você não vê nada disso. Logo farei 60 anos. Eu só tinha 22 quando essas
indústrias começaram a se instalar", desabafa Peti Enriquez.
O documentário, produzido pela PF
PICTURES, traz as vozes das comunidades e dos mais célebres defensores do
debate global sobre movimentos sociais e justiça climática como Marshall
Ganz (Kennedy School of Government da Universidade de Harvard), Naomi
Klein (autora de This Changes Everything: Capitalism vs. The Climate)
e Ricken Patel (diretor executivo e fundador da Avaaz.org)
O lançamento no Cine São Luiz será
seguido de debate com representantes do Ceará no Clima e
do Movimento Ceará Agroecológico. O ingresso será trocado por
01 kg de alimento, a ser doado para a Associação Verdeluz.
O evento integra a programação da Semana do Meio Ambiente
dos movimentos socioambientais do Ceará (saiba mais: http://bit.ly/1sSdDV2)
Informações
Evento de Lançamento em Fortaleza: http://goo.gl/TVFwN4
Site oficial do filme "Desobediência Civil" (Disobedience): watchdisobedience.com
Informações sobre o movimento Liberte-se: liberte-se.org
Liberte-se no Pecém: https://liberte-se.org/nordeste-usina-termeletrica-de-pecem/
Contatos
Assessoria de Comunicação
Francisco Barbosa: (85) 98939.3435 e Emília Morais: (85) 98765.2184
Francisco Barbosa: (85) 98939.3435 e Emília Morais: (85) 98765.2184