1,3 milhões de litros de óleo vazaram de um duto da
Refinaria Duque de Caxias (Reduc), de responsabilidade da Petrobras. O desastre
deixou a Baía de Guanabara, no município do Rio de Janeiro, com uma mancha de
óleo que se estendeu por uma faixa superior a 50 km².
Com o derramamento de óleo, a fauna da região foi
contaminada e, com isso, catadores de caranguejos e pescadores perderam seu
sustento. A mancha de óleo atingiu o manguezal da Área de Proteção Ambiental
(APA) de Guapimirim, além de praias banhadas pela Baía de Guanabara (Fonte: Agência
NP)
Há 14 anos, em 18 de janeiro de 2000, um grande vazamento de
óleo atingiu a Baia de Guanabara, no Rio de Janeiro, prejudicando centenas de
famílias de pescadores.
Grandes empreendimentos e a instalação de um complexo
petroquímico estão provocando grande impacto ambiental sobre a Baía de
Guanabara e afetando diretamente a pesca artesanal, que é fonte de renda para
muitas famílias. Vendo as áreas de pesca diminuírem e tendo seu principal meio
de vida ameaçado, os pescadores da AHOMAR - Associação Homens e Mulheres do Mar
- estão lutando por seus direitos.
Mas a mobilização dos pescadores resultou em ameaças
constantes às lideranças. Desde 2009, quatro pescadores membros da AHOMAR foram
assassinados. Alexandre Anderson, presidente da Associação, foi incluído no
Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos devido às
ameaças e atentados que sofreu e está fora de Magé há mais de um ano. Hoje, a
sede da AHOMAR está fechada por falta de segurança para seus membros.
Defender direitos humanos também é um direito! Alexandre
Anderson e os pescadores da AHOMAR devem ter garantia de segurança para
permanecer em Magé e continuar sua luta por direitos.
A Anistia Internacional apoia os pescadores da Baía de
Guanabara!
Campanha da Anistia Internacional da Holanda mostrando apoio a AHOMAR - Associação Homens e Mulheres do Mar.
“Agradecemos a todos os membros da Anistia Internacional da
cidade de Alkmaar na Holanda, pelo importantíssimo apoio a AHOMAR”. Alexandre
Anderson
Após 14 anos pescadoras e pescadores ainda não receberam as devidas indenizações da Petrobrás.
Foto: Maicon Alexandre