O movimento guerrilheiro no Araguaia começou no fim dos anos 60 para lutar contra a ditadura civil-militar.
Para dizimar o grupo, que contava com menos de
100 pessoas, o governo enviou à região cerca de 5 mil militares, que deixaram
67 guerrilheiros e um número indeterminado de camponeses mortos, sem sepultura
e certidão de óbito. Muitos corpos continuam desaparecidos até hoje.
O massacre do Araguaia
foi um brutal crime de lesa-humanidade cometido pelo Estado brasileiro, com
apoio de setores da sociedade civil, que precisa ser debatido e denunciado,
para gerar a consciência de que esta violência tem reflexos e está presente até
os dias de hoje.
É esta a proposta do debate sobre os 40 anos do
massacre do Araguaia.
Além disso, dia 13 de dezembro, data do evento, foi
a data de entrada em vigor do Ato Institucional nº 5, de 1968. Através do AI-5,
o mais autoritário de todos os atos institucionais, a ditadura radicalizou a
censura à imprensa, à música, à literatura, às artes em geral. O habeas corpus
foi abolido. E foi a partir desse período que se intensificou o treinamento dos
agentes do Estado sobre técnicas de tortura.
Convidamos todos para o debate, que iniciará às
15h, na Câmara de Vereadores de Santa Maria.
Palestrantes:
Lino Brum Filho – jornalista e familiar de desaparecido no Araguaia
Mercês Castro – advogada e familiar de desaparecido no Araguaia
Deusa Maria de Sousa – historiadora
Hugo Studart – historiador e jornalista
Ivan Cláudio Marx – procurador do Ministério Público Federal
Data: 13 de Dezembro de 2013
Horário: 15 horas
Local: Câmara de Vereadores de Santa Maria
Organização: Comitê Santamariense pelo Direito à Memória e a Verdade
Compartilhado por Mercês Castro