O Estado do Ceará está localizado na região Nordeste do Brasil, tendo como limites - ao Norte: Oceano Atlântico, ao Sul: Estado de Pernambuco, a Oeste: Estado do Piauí e a Leste: Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. O relevo do Estado possui características que dependem da influência de vários fatores, dentre eles os mais importantes são: a dinâmica geomorfogenética, as condições paleoclimáticas e geológico-estruturais. As altitudes variam entre 200m e 900m. Sua área total é de 149.325 km2, equivalente a 9,37% da área da Região Nordeste e 1,37% da superfície do Brasil. Sob o ponto de vista Geoambiental, podemos identificar as seguintes unidades: Planície Litorânea; Tabuleiros Pré-Litorâneos; Depressão Sertaneja; Planícies Fluviais; Maciços Residuais Cristalinos e Planaltos Sedimentares.
PLANÍCIE LITORÂNEA
A Planície Litorânea apresenta-se acompanhando a linha de costa
do Estado do Ceará. É um complexo resultante da ação combinada, tanto da
interferência fluvial como da interferência marinha. No Ceará esta unidade é
revestida principalmente pela mata ciliar de carnaúba. É formada por ambientes
instáveis e vulneráveis compondo um ambiente de preservação ou proteção permanente.
Possui rica geodiversidade e biodiversidade.
Feições da Planície Litorânea: Planície Flúvio-Marinha, Campos
de Dunas e Faixa de Praia
PLANÍCIE FLÚVIO-MARINHA
A Planície Flúvio-Marinha é constituída por terrenos recentes
(Quaternário). Formada por agentes de acumulação (ventos, mar e rios) que irão
influenciar as feições da planície. Boa parte do sítio urbano de Fortaleza está
sob influência da planície litorânea. É constituída por ambiente instável e de
alta vulnerabilidade ambiental. Constitui Área de Preservação Permanente.
CAMPOS DE DUNAS e FAIXA DE PRAIA
Os Campos de Dunas mantêm relações com a Faixa Praial, de tal
modo que esta faixa praial em grande parte também é alimentada pelo campo de
dunas ou vice-versa. Há uma articulação entre os subsistemas que pertencem ao
mesmo sistema. Formados por ambientes de sedimentos não consolidados e
altamente vulneráveis. São Áreas de Preservação Permanente. Em geral, têm-se gerações diferenciadas de dunas:
Atuais ou Móveis que estão em processo
contínuo de mobilização;
Semi-Fixas ou Fixas, aquelas onde a pedogênese
não se desenvolveu suficientemente;
Paleodunas onde os solos arenosos já se desenvolveram suficientemente.
TABULEIROS
PRÉ-LITORÂNEOS
Os Tabuleiros Pré-Litorâneos, típicos da Formação Barreiras, são
descritos como feições geomorfológicas e ambientais não deformadas. Esta
unidade apresenta a mais típica superfície de agradação do território cearense. No Ceará se sobrepõe em discordância sobre o embasamento cristalino. A Formação
Barreiras ocorre desde a Amazônia até o surgimento da Serra do Mar, bordejando
a costa. Tem relação com o mecanismo de evolução ambiental que se processou
para o interior, sempre formado por sedimentos continentais e nunca marinhos.
Os depósitos formadores dos Tabuleiros Pré-Litorâneos podem ser, em algumas
localidades do litoral cearense, talhados como falésias vivas, sendo possível observá-los em determinados setores da costa, como por exemplo, em Canoa Quebrada , Camocim,
Jericoacoara, Iparana e Morro Branco.
DEPRESSÃO SERTANEJA
A Depressão Sertaneja encontra-se embutida entre os planaltos
sedimentares ou entre os maciços residuais cristalinos. Na Depressão Sertaneja surgem os "Campos de Inselbergs", principalmente nas cidades de
Irauçuba e Quixadá. A planície mais rebaixada da Depressão Sertaneja
corresponde às Planícies Fluviais, sendo os rios de maior representatividade
Jaguaribe, Coreaú e Acaraú.
A semi-aridez é intensa. O período seco tem duração de 6
a 8 meses e
as médias térmicas máximas registradas durante os dias situam-se entre 32 e 33º C e a média das
mínimas em 23ºC durante às noites. Dada à baixa umidade (inferior a 70%) a
amplitude térmica é mais elevada. O regime pluviométrico é de 400
a 800
milímetros por
ano. As caatingas possuem expressiva distribuição, tendo como bioindicador a Jurema
Preta, típica do Bioma Caatinga.
MACIÇOS RESIDUAIS CRISTALINOS
As cristas residuais formam uma vertente íngreme. Compreendem as
serras cristalinas, com extensão e altitudes variadas, como por exemplo,
Baturité que possui o pico mais alto do Estado com 1.114m. São chamadas de
enclaves úmidos, com representativa área de concentração vegetal, fontes e
quedas d’águas. As serras de maior destaque são: Meruoca, Baturité, Pacatuba e
Maranguape.
PLANALTOS SEDIMENTARES
Nos Planaltos Sedimentares o material se dispõe em camadas,
constituindo-se em material estratificado, plano. Esses ambientes de bacias sedimentares foram primitivamente ambientes marinhos e depois evoluíram para
ambientes continentais. Na medida em que o ambiente se transforma de marinho em
ambiente continental formam uma seqüência sedimentar. Entres os Planaltos Sedimentares do Ceará destacam-se como unidades
mais representativas:
Chapada do Araripe – Abriga a Floresta Nacional do Araripe. Possui diversas quedas d’águas e fontes e uma grande quantidade de fósseis. Altitude: 700 a 900 metros;
Chapada do Apodi – A vertente cearense situada a sota-vento não favorece a formação de brejos. O topo atinge no máximo 400 metros , sendo o mais rebaixado dos planaltos sedimentares do Ceará;
Planalto da Ibiapaba – Constitui um brejo de cumeeira ou cimeira. A formação de rios faz com que a topografia seja ondulada, com caimento de leste para oeste, funcionado como um dispersor de drenagem. Altitude: 500 a 920 metros.
Metodologia: Pesquisa de Campo
Disciplina: Análise Geoambiental do Ceará
Orientada pelo Prof. Dr. M. Nogueira
Turma de Planejamento e Gestão Ambiental
UECE - Agosto/2011
Disciplina: Análise Geoambiental do Ceará
Orientada pelo Prof. Dr. M. Nogueira
Turma de Planejamento e Gestão Ambiental
UECE - Agosto/2011