Os recifes de corais
vivem apenas numa faixa dos oceanos, nos mares tropicais entre as latitudes
30°N e 30°S, onde a temperatura média das águas oceânicas é superior a 22°C . São ecossistemas de
extrema importância e valor social, econômico e científico. Constituindo-se de
grande biodiversidade, é um ecossistema natural único, formado por corais
que existem há cerca de 250 milhões de anos.
Apesar de sua
sobrevivência através dos tempos, mesmo com grandes oscilações climáticas e diversas
catástrofes ocorridas na historia do Planeta, estima-se que atualmente em torno
de 30% dos recifes já estejam irremediavelmente danificados e, pior, a previsão
para os próximos 30 a
40 anos é que, cerca de 60% já terão sido totalmente degradados.
Calor e Branqueamento
- As oscilações da água do mar, mesmo que seja um aumento relativamente
pequeno, pode provocar o branqueamento dos recifes de corais que são
extremamente sensíveis às variações das condições ambientais. Este processo de
branqueamento está relacionado à perda das algas que interagem com os corais –
as zooxantelas – ou seja, é a redução da pigmentação dessas algas, deixando o
coral sem cor e com exposição do esqueleto calcário branco.
Pesquisadores
e grupos de conservação ambiental dirigidos pelo comitê de especialistas o
World Resources Institute (Instituto de Recursos Mundiais) e publicados no
informe "Reefs at Risk Revisited", advertem que até 2050
os recifes de corais poderão desaparecer de todo o planeta, caso medidas urgentes
não sejam tomadas para proteger as “florestas marítimas” dos fatores que
promovem ameaças a esse ecossistema.
O desenvolvimento costeiro e os resíduos agrícolas; o
aquecimento dos mares que está relacionado às mudanças climáticas; a
acidificação dos oceanos por dióxido de carbono e o transporte marítimo, são fatores que ameaçam os recifes de corais, que permitem a milhões de pessoas a
possibilidade de manter o seu sustento.
"Se isto não for controlado, mais
de 90% dos corais estarão ameaçados até 2030 e quase todos os corais estarão em
perigo até 2050", assinala o informe.
Fontes:
- Scientific American – Brasil – Revista Oceanos –
Aspectos Ambientais - 2009
- Informe
"Reefs at Risk Revisited" - World Resources Institute (Instituto de
Recursos Mundiais) - 2011